8 de novembro de 2019

Hobby e resiliência: qual a relação?


“Resiliência, capacidade do indivíduo de lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir a pressões, sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico...”. Na teoria é facílimo de se colocar em prática o que difere da vida “real”, ou pelo menos na grande parte do meu tempo, porém não é fácil lidar com pressões quando estas são feitas pela família,  além da pressão imposta diariamente pela sociedade.
Hoje, a tecnologia e a conectividade ocupam grande parte do dia das pessoas, sendo fácil acessar qualquer informação de qualquer lugar do mundo, bastando apenas sacar o celular e “googlar”. Mas será que ter o mundo em suas mãos não prejudica o ser humano que está em busca de ser resiliente?
Atualmente, aprendi a lidar melhor com os problemas ocorridos na minha vida, mas não o suficiente para afirmar que sou uma pessoa resiliente. Minha luta diária é para que um dia eu consiga afirmar isso, contudo, para que isso ocorra, preciso lidar melhor com problemas do meu dia a dia, sem correr o risco de entrar em uma crise de ansiedade ou em outro surto psicológico. Um fato que ocorreu na empresa onde trabalho, do qual me orgulho muito, é o meu ajudante para que estes surtos não ocorram. Fato este, onde me vi em um dos maiores problemas e desafios já enfrentados por mim, pois a empresa precisou cortar gastos e pediu para que eu escolhesse 5 pessoas para serem demitidas deixando bem claro que as vendas não abaixassem 10% do volume mensal. Eu, supervisor da equipe, não podia demonstrar minhas preocupações e minhas indignações, precisava mostrar para a equipe que era possível atingir as metas e incentivar para que conseguíssemos. E conseguimos!
Não posso dizer que a minha rotina não é estressante, é e muito! Por este motivo, eu necessitava encontrar algum hobby, como se fosse um ponto de escape, para que não interferisse na minha rotina, não prejudicasse minha vida e consequentemente me acalmasse e me ajudasse a me tornar uma pessoa resiliente. A busca para achar algo que eu gostasse de fazer, por mais árdua que tenha sido, terminou e hoje o que me acalma é dirigir para praias - bate-volta mesmo, não importando o horário. Ouvir a melodia tocada pelas ondas, sentir a brisa batendo no rosto, olhar a imensidão do oceano tornou-se uma sensação de calmaria e prazer.
Quanto mais se lê sobre surtos psicológicos sofridos pelos brasileiros, está claro que há um longo caminho para que a sociedade seja considerada resiliente, ficando claro quando é feita uma análise nos estudos estatísticos e fazendo um estudo comparativo de duas décadas atrás com esta. Depressão, crises de ansiedades, tentativas de suicídio e o próprio suicídio aumentaram consideravelmente, sendo conhecidos como a doença do século XXI.
Não é fácil alguém se motivar para trabalhar após todas estas doenças estarem tão presentes no nosso dia a dia. Mas eu, uma pessoa alegre e brincalhona, me sinto na obrigação de acordar todos os dias motivado e bem para que tanto o meu dia como o da minha equipe seja menos estressante e consequentemente mais produtivo. Com esta obrigação imposta por mim, juntamente com o meu hobby, faz com que o meu bem mais precioso seja preservado: minha alma. Este é um bem espiritual que dinheiro nenhum compra e sem alma você não é ninguém.




David Santiago
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5 de novembro de 2019

Concurso Literário FEI 2019

Olá pessoal! 

Mais um ano em que a FEI nos proporciona o Concurso Literário e todos estão convidados a participar!
Para se inscrever basta acessar https://portal.fei.edu.br/Pagina/biblioteca 
Esse ano, o concurso será para alunos, ex-alunos, funcionários da FEI e moradores de São Bernardo do Campo!

Não fique fora dessa, participe!


18 de outubro de 2019

Coringa - Análise Crítica


Criado em 1940 por Jerry Robinson, Bill Finger e Bob Kane, Coringa é um icônico vilão dos quadrinhos do Batman. Sendo parcialmente inspirado no personagem Gwynplaine do filme “O Homem Que Ri” (1928), o vilão é retratado como um palhaço de terno roxo, cabelos verdes e sempre carregando o seu famoso e caricato sorriso. Não se engane pensando que por ser um personagem de quadrinhos, ele é um vilão mais leve e destinado a crianças. O Coringa tem diversos feitos macabros ao decorrer de sua história, como o assassinato de Jason Todd (o segundo Robin, parceiro do Batman), causou paralisia e há indícios de um possível estupro de Barbara Gordon (outra parceira do Batman, mais conhecida como Batgirl). O vilão também não possui uma história de origem oficial, sendo que muitos aceitam a história retratada no quadrinho ‘A Piada Mortal”, escrita por Alan Moore em 1988. Dito isso, é de se imaginar que desde o começo, um filme solo sobre um personagem caricato e pesado como esse seria uma jogada arriscada para o estúdio Warner Bros., e também não seria uma obra adequada a todos os públicos.
Dirigido pelo diretor Todd Phillips (Se Beber Não Case) e protagonizado pelo talentoso Joaquin Phoenix, o filme Coringa conta a história de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) que trabalha para uma agência de talentos e, devido a seus problemas mentais, faz consultas semanais com uma agente social. Após sua demissão, Fleck inicia um movimento popular contra a elite de Gotham  City, a qual possui Thomas Wayne (Brett Cullen) como seu maior representante.
Coringa certamente é um personagem muito importante na cultura pop de um modo geral, e o filme faz jus a sua fama. Com uma direção brilhante por parte de Todd Phillips que soube mostrar a loucura do personagem ao optar por planos longos e lentos ao invés de cortes brutos durante as cenas, sempre mantendo o foco da câmera no personagem principal, até mesmo nas cenas de delírio, o que faz com que o espectador mergulhe na mente caótica do Coringa. A montagem do filme e a trilha sonora passam um clima angustiante e desconfortante, que faz com que o espectador se sinta sempre incomodado com o que está assistindo, mas ao mesmo tempo intrigado pois as cenas são muito bem ligadas, o que faz com que o filme não perca o fôlego em momento algum de suas 2 horas de duração. A fotografia do filme, no início foca em cores mais escuras, sempre deixando um ar “depressivo”, e ao decorrer do filme, quando acontece a “transformação” de Arthur no Coringa, ela muda totalmente, adotando cores mais vibrantes. Outro ponto forte do filme, é a gloriosa atuação de Joaquin Phoenix, ator que facilmente concorrerá a diversas premiações por esse filme. Com uma performance teatral, Phoenix entrega um Coringa que passa por várias etapas de construção de personagem, começando inseguro e perdido e terminando como um personagem forte, seguro e louco. A icônica risada do personagem é feita com louvor pelo ator, inclusive sendo explorada pelo roteiro que a coloca como um transtorno, que faz com que o personagem sofra em diversas situações. O filme possui algumas falhas em seu roteiro, como não explicar a razão a qual a cidade abraçou a loucura do personagem tão facilmente, mas mesmo assim, o roteiro consegue beirar a perfeição e possuí diversos méritos como passar uma ambiguidade proposital causada pela loucura de Arthur, é bem difícil conseguir falar com firmeza o que aconteceu de verdade e o que aconteceu apenas na cabeça do personagem. Outro mérito do roteiro também é conseguir fazer com que se crie uma empatia pelo protagonista ao mesmo tem que não o trata como um herói ou coitado. Ao mesmo tempo que mostra que sim, Arthur sofreu, ele também mostra que suas atitudes foram sim erradas, pois o roteiro procura explicar o que aconteceu no passado do Coringa e em não justificar o seu presente.
Certamente é um dos melhores filmes da atualidade e vale ser assistido, porém, é um filme pesado. É uma obra que brinca com a loucura e que, de certa forma, pode mexer com o psicológico de algumas pessoas. Coringa não é um filme para qualquer um, e muito menos para crianças. Poderia facilmente não ser inspirado em um quadrinho e ser uma obra a parte de como um homem comum passou por diversos problemas em sua vida e se tornou um psicopata que enxerga prazer e satisfação ao matar. Não acredito que seja um filme que irá provocar massacres como muitos dizem, mas também não acredito que seja um filme inofensivo, é um filme que ao assistir não te dará uma sensação boa e sim lhe trará uma angústia e um sentimento de incômodo, por tanto, se você for uma pessoa que não esteja passando por uma boa fase ou possua algum tipo de pensamento angustiante, não recomendo que o veja, pelo menos, nesse primeiro momento. Daqui alguns meses o filme estará presente em todas as plataformas possíveis, vale mais aguardar e poder desfrutar por completo do filme do que querer forçar algo que possa-lhe fazer mal de alguma forma. 


Pedro Sperli
11.117.530-3

A falta de liberdade de pensamento


Certamente, em nossa sociedade contemporânea, é muito presente a falta de liberdade de pensamento, o que é muito importante para se desenvolver como pessoa. A independência na hora de pensar é fundamental para qualquer um.
            As pessoas nos dias de hoje estão sujeitas muitas vezes a sofrerem o impedimento de pensar e agir segundo os seus pensamentos, sendo assim obrigadas a seguirem ideias diferentes das suas. Isso faz com que haja uma imposição de ideias “erradas” sobre pessoas que tiveram ideias “corretas”.
            Assim, na sociedade, existem diversos assuntos que geram pensamentos divergentes entre as pessoas e são situações em que a liberdade de pensamento deve ser respeitada. Mas, infelizmente, não há respeito e aquelas pessoas que pensam diferente dos padrões pré-estabelecidos são julgadas de forma injusta.
            Portanto, vê-se existente uma certa falha de liberdade de pensamento na sociedade contemporânea, pois cada um tem uma forma de se comportar e de pensar. Todos nós temos liberdade de pensamento e devemos aprender a respeitar as diferenças.



Gabriel Pizza
11.119.561-6

A corrupção do pensamento contemporâneo


A liberdade do pensamento contemporâneo está sofrendo uma interferência ou até uma corrupção causada pela falta de aprofundamento e reflexão sobre os variados temas que circundam o cidadão.
Envolto por inúmeras informações corriqueiras e de variados assuntos, o ser humano mantém sua sobrevivência, porém esse não tem o costume de se aprofundar ou adquirir conhecimento sobre o assunto. Além disso, para não aparentar alienação, absorve a opinião de outrem em relação ao tema discutido.
Não obstante, tal problemática já foi abordada por Zygmunt Bauman em seu livro “Vida para consumo”, no qual o problema é abordado em uma comparação da divergência existente entre a opinião pública sobre a política e a verdadeira política que ocorre nos meios governamentais.
Não somente, pelo fato de a maioria dos cidadãos não conservarem um costume de leitura, a sociedade também é assolada por um aumento no número de analfabetismo funcional, aumentando, assim, a facilidade com que a mesma é controlada, gerando mentes copiadoras de opinião.
Portanto, a liberdade de pensamento contemporâneo está sendo corrompida pelo costume de não gerar um pensamento próprio sobre determinado tema, criando bolhas sociais de opiniões repetitivas e ampliando o número de analfabetismo funcional, gerando um campo propício para a propagação de ideias favoráveis aos detentores dos meios de poder.



Marcus Vinicius Pinto 
11.119.671-3